BRZ 2047 – Capítulo V: A união

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São Paulo/SP – 14 de janeiro de 2047

Só de pensar em pedir ajuda a uma criança, isso já maltratava o orgulho do Major Sütter. Mas parecia a última opção, com o QG prestes a explodir e todas as portas trancadas com poderosas chapas de metal maciço. Alex estava praticamente inconsciente no chão, após os golpes recebidos. O vampiro correu em direção ao garoto, sabendo que não tinha escolha.

– Acorda, guri. Anda! – a reação de Alex foi mínima. O militar lembrou então que aliens do planeta Óreon sugam a energia e o organismo das pessoas com a mão, recuperando o corpo. Sütter então correu até o corpo de Porto e o trouxe para perto do menino. Foi só encostar a mão de Alex no seu suposto pai que o lado alienígena dele falou mais alto. Quase que automaticamente, Alex tinha sugado Porto, deixando apenas a pele do morto, e seus ferimentos cicatrizaram imediatamente.

O vampiro jogou a pele morta longe e tratou de acordar o garoto com tapas no rosto.

– Vai, pirralho, abre o olho! – disse o militar, que começava a se desesperar com as luzes vermelhas e a informação no alto falante: “Falta 1 minuto para a autodestruição”.

Alex abriu o olho e perguntou ainda tonto.

– O que está acontecendo?

– Você precisa destruir essas portas com sua pele nojenta ácida.

– E por quê eu te ajudaria?

– Porque se você não fizer isso, ambos vamos explodir com o sistema de autodestruição, guri estúpido!

– Quanto tempo temos?

– 40 segundos

– Droga! – Alex levantou rapidamente e tratou de preparar sua habilidade com borbulhas no braço. Com um soco no meio da placa de metal de uma das janelas, o menino furou o bloqueio e, consequentemente, corroeu o restante envolta do buraco. O caminho estava livre!

Sütter tratou de abrir suas asas e acelerou o vôo em direção à saída. No caminho, pegou Alex pela camiseta e o levou junto. Já na rua, o vampiro pousou no meio da rua, atrapalhando o trânsito da Avenida Paulista. Os carros pararam na hora e começou o buzinaço. Mas o barulho foi abafado pela explosão do QG, que pôde ser ouvido e visto por conta da janela quebrada por Alex.

– Vamos, guri. Se ficarmos, teremos que responder muitas perguntas. – Sütter novamente segurou na camiseta do garoto e subiu vôo. O pouso só ocorreu em meio a uma reserva ambiental próxima. Alex indagou:

– E agora… Vai querer retomar nossa luta?

– Não seja besta, guri… Você não é mais um problema pra mim. Vou atrás de Remington. É ele que me interessa. Adeus…

Quando o Major abriu as asas novamente, para partir em busca de Remington, Alex o interrompeu…

– Espera… como pretende achar ele?

– Dou meu jeito.

– Posso ajudar. Ainda quero que ele pague pela morte da minha mãe.

– Como um pirralho como você pode ajudar?

– Eu exatamente não posso, mas sei quem pode. É quase impossível de rastrear Remington… Quase… Tínhamos informações oficiais no QG que há um pajé que pode encontrar qualquer alma viva no mundo.

– Um pajé? E onde ele está?

– Esse é o problema… Ele vive entre as almas mortas, em uma das sete cidades fantasmas existentes no Brazil.

– Deixa eu adivinhar, você quer que procuremos?

– Isso mesmo.

Sütter pensou… Recolheu as asas e decidiu.

– Qual o primeiro destino?

-Esta é uma série de ficção e nada do que foi escrito aqui condiz e/ou foi baseado em fatos reais ou opinião de seus autores. A obra é de direito restrito do site Sintonia Geek Magazine e sua reprodução é regrada à prévia autorização de seus criadores –

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