Junte o game Bomberman e os livros da franquia Jogos Vorazes. Adicione uma pitada da série Lost e o que temos? BTOOOM!, battle royale explosivo que é um excelente título de mangá.
O enredo conta a história de um rapaz de 22 anos, desempregado e que mora com a mãe e é um excelente jogador do game online de battle royale chamado BTOOOM! No jogo, o gamer está em uma ilha, com várias pessoas, todas munidas de explosivos e apenas um pode sobreviver.
Certo dia ele acorda em um cenário semelhante, sem saber como foi parar ali. Quando vai pedir ajuda, ele é recebido por um estranho com uma bomba arremessada a ele. E assim ele percebe que corre risco de morte e que está na versão real do seu game preferido, transmitido ao vivo para todo o mundo.
O mangá de Btooom! foi lançado pela JBC, em 2014, no Brasil. Com excelentes traços e uma história realmente envolvente, o título é obrigatórios para fãs de battle royale.
Btooom!: recepção e derivados
No país nipônico, ‘BTOOOM!’ virou febre, com cerca de 9 anos de mangá e uma temporada de anime, em meados de 2012.
A animação do battle royale, inclusive, foi desenvolvido pela Madhouse, um dos estúdios mais conceituados do Japão, responsável por sucessos como One Punch-Man, Hunter x Hunter e Death Note.
Na época do lançamento, o portal Kotaku avaliou o anime da seguinte forma:
“Btooom! é um anime estranho. Em um nível, ele pode ser visto como um derivativo de outros trabalhos da ficção do “battle royale”. Por outro lado, faz um trabalho adequado de explorar como o lado mais sombrio de todos nós pode chegar à frente em situações de crise.
Isso significa que de muitas maneiras Btooom! não é realmente um anime “agradável” de assistir – porque afinal, como é fácil desfrutar de algo que constantemente o espeta com o lado sombrio da natureza humana -, mas é, no entanto, interessante”.
Com apenas 12 episódios na primeira temporada, o anime entrou em hiato. Apenas em 2017, cinco anos depois, foi cogitada uma sequência.
Para isso, o novo game mobile de Btooom! precisaria ficar no top 5 de vendas, o que aconteceu por algumas semanas. Depois, caiu muito, assim como uma possibilidade de 2ª temporada do anime.
Battle royale: as influências de BTOOOM!
Btooom! não é o primeiro título que utiliza da ideia doentia de colocar pessoas para lutar por suas vidas, umas contra as outras, até que uma só sobre.
Muito antes de games de sucesso como Playerunknown’s Battlegrounds, Fortnite e Apex Legends, clássicos da literatura, dos jogos e filmes já apresentavam essa ideia.
E algumas dessas produções se relacionaram diretamente com o mangá do autor Jun’ya Inoue.
Bomberman – 1983
Da falida Hudson, o game Bomberman tem muito a ver com o que estamos falando. Foi um dos primeiros jogos de battle royale, e logo com as bombas como protagonistas da matança.
Porém, foi só a partir do segundo título que essa opção de jogo foi adicionado ao game (que tinha como principal mecânica as tradicionais fases) e mostrou como se faz uma batalha até a morte com explosivos.
Daí pra frente, foi só incrementando, com bombas relógio, bombas geleias, bombas espinho e uma infinidade de coisas para fazer a disputa ficar ainda mais divertida e mortal.
Batte Royale – 1999
O livro japonês é muito mais cruel que o joguinho da Hudson. Battle Royale usa e abusa da violência em mortes de adolescentes de uma escola, jogados em uma ilha repleta de armas para se matarem. A regra é: só pode sobrar um.
O best seller é um clássico da literatura japonesa e é reconhecido mundialmente, rendendo filme e mangá.
Jogos Vorazes – 2008
Os livros – que viraram filmes tempos depois – do Jogos Vorazes conta a história de uma dupla de adolescentes que é forçada a entrar em uma disputa contra outras duplas da mesma faixa etária até que uma só sobreviva.
O evento é transmitido pela televisão para distritos futurísticos onde hoje fica a América do Norte – região destruída no enredo.
Menções honrosas ainda para os filmes O Sobrevivente e Highlander, que também agradam com seus deathmatchs.